Krishna, hare hare

    Continuando com os restaurantes e estabelecimentos vegetarianos e naturais de Buenos Aires, conto-lhes que infelizmente talvez meu relato não poderá ser muito extenso pois em uma semana voltarei ao Brasil, mesmo assim espero conseguir mostrar um pouco mais das coisas maravilhosas que encontrei por aqui. 

Restaurante Vegetariano Krishna - Cozinha Indiana
Endereço: Malabia 1833, Palermo, Buenos Aires, Capital Federal

 
   Krishna é um dos mais lindos restaurantes que já fui, possui salinhas com ar-condicionado, um cardápio muitíssimo diversificado e saboroso, mas o mais encantador é a decoração. As mesas são baixinhas com banquinhos, e se pode sentar em um sofá com almofadas muito confortáveis, onde é necessário um certo esforço para não cair na tentação da sesta pós comida. Além do mais, sempre está tocando músicas indianas ou tranquilas (tocou até Caetano Veloso, que várias pessoas aqui conhecem), o que ajuda a deixar o ambiente não somente mais agradável, como simplesmente perfeito.

    Fui com o Juan, meu amigo e parceiro para todas as horas, uma dessas pessoas que não importa o tempo que conhecemos, simplesmente se tornam especiais para sempre. Bom, eu pedi um prato de almondegas de vegetais e arroz e suco de maçã e Juan comeu um prato com nome hindu que tinha beterraba, arroz, abobrinha refogada, brócolis e outras coisas mais, muito bonito e nutritivo e uma limonada.

   Ali servem de entrada torradinhas com um creme que pelo sabor deduzi ser cenoura e algum temperinho picante. Também servem molhinhos com a comida, nos serviram molho picante normal e com maçã e molho de soja. Não pedimos sobremesa porque os pratos eram gigantes.

   Para escaparmos do calor, passamos o resto da tarde no Jardim Botânico, que é simplesmente divino, para quem não conhece, recomendo muito (pesquise fotos no google para ver que vale a pena). Além de ter construções, estatuas e muuuito verde, o Jardim é habitado por muitos gatinhos que são extremamente dóceis e que infelizmente foram abandonados aí, porém, pessoas que desejam podem levá-los para suas casas se simpatizarem com algum e sempre há gente nas redondezas que os alimentam.

http://www.buenosaires.gov.ar/areas/med_ambiente/botanico/

  

 Por fim, nos atiramos no sofá cansadissimos. Gracias brow, foi um lindo dia.

BsAs, enfim sós.

    People, é com muita alegria que venho orgulhosamente informá-los que VOLTEI. Desde agosto desse ano, coincidentemente época que deixei de postar aqui, estou morando em Buenos Aires. Nem sei oque dizer deste lugar, é maravilhoso, peca em alguns pontos mas conserva seu encanto e seu charme. Desde que cheguei queria fazer um tour pelos restaurantes vegetarianos daqui, que são muitos, mas como primeiramente estava me acostumando com o idioma e a cultura locais, depois comecei a trabalhar, não havia tido a oportunidade de realizar meu desejo. Como no final de dezembro volto para umas férias no país tropical, decidi que era uma boa hora, e aqui deixo meu relato.

      Antes de mais nada quero deixar constado que aparte dos restaurantes vegetarianos tradicionais, ou seja, temáticos que conhecemos, aqui existe uma grande oferta de comida chinesa, onde sempre pode-se encontrar no cardápio opções vegetarianas e até veganas. sem contar os restaurantes chineses vegetarianos que vendem comida a quilo baratissimo. Onde menos se espera, se encontra um desses. 

    Vamos ao que importa. O primeiro restaurante vegetariano que fui estava a duas quadras do meu trabalho e só o descobri porque com sorte encontrei um panfletinho pelo chão, além disso,  um colega de trabalho veg me disse onde era certo e elogiou muito o lugar. Se chama NATURALEZA SABIA (www.naturalezasabia.com.ar), tem um vasto menu que pode ser conferido no site do restaurante, com cervejas e vinhos artesanais, sucos saborosíssimos e um ambiente limpo, organizado e acolhedor. 

      Além do mais, servem os pratos em uma bandeja em forma de folha, coisa mais fofa. Aqui sempre se serve uma entrada em qualquer restaurante que se vá. No Naturaleza Sabia servem uma sopinha verde maravilhosa, muito bem condimentada e 3 torradinhas com coberturas variadas, como creme de queijo, abacate, cenoura... Ah, para os veganos os pratos do cardápio estao especificados, mas na entrada é bom avisar e perguntar se leva leite, derivados ou ovos. 

    

    Dos pratos principais eu escolhi Hamburguesa de lentejas con queso y quinoa con verduras salteadas, ou seja, uma montanha de lentilhas com queijo encima e um refogado de quinua com verduras. Vale constar que os pratos que eu já provei em restaurantes desse tipo são realmente abundantes, os preços que podem parecer salgados a primeira vista (entre 30 e 40 pesos), mas valem a pena e se pagam.

      Para tomar pedi um suco que veio gigantesco, de laranja, maçã, maca (que é uma raiz que não encontrei tradução no google) e salsão. 

        

De sobremesa ainda tomei um sorvete com frutas que não fotografei de idiota e gulosa.

Espero que disfrutem, logo posto mais informações dos maravilhosos restaurantes veg daqui, dicas e comentários. Saludos Porteños!

        

GO VEG! 

Preguicinha e Aconchego

    Nesta época em que começam os dias frios, nada melhor do que chegar em casa e sentir o calor e o aroma que vem da cozinha. Aos que não tem alguém que prepare todo este ninho de amor e aconchego, sugiro recorrer ao mais famoso e prático lanche (além de gostoso): o bolo de caixinha. Os veganos preguiçosos não precisam se desesperar, pois digo-vos que existe a possibilidade de adaptar e fazer um BOLO DE CAIXINHA VEGANO!

    Eu optei pelo bolo integral de maçã com canela da Nordeste, e minha casa ficou toda quentinha e perfumada.

    Na embalagem diz que deve-se acrescentar à mistura, 3 ovos e 1 copo de leite. Eu misturei 1 copo e meio de leite de soja, 1 colher de amido de milho e 1/2 colher de fermento. Também pode-se colocar uva passa, frutas cristalizadas, gotas de chocolate...

    Geralmente pede-se que seja adicionado também margarina, porém acredito que por ser integral não havia necessidade. Se o bolo que você optar pedir margarina, é só usar creme vegetal, ou seja, margarina que não contenha leite e derivados, eu uso Soya.

Não consegui fotografar inteiro, mas está aí o resultado. Um café acompanha muito bem.

Era isso, aos preguiçosos de plantão, bom lanche, boas noites e bom inverno!

Nota pós-post: Para não veganos, a melhor bebida para acompanhar o bolo é um todinho. Reflexão de uma madrugada de sexta-feira, ou seria uma manhã de sábado?

Maresia

    Noite passada tomei coragem e fiz sushi, com vegetais, claro. Coragem porque fiquei um pouco traumatizada da primeira vez que experimentei essa iguaria nipônica, pois não fazia a mínima idéia do sabor que a alga tinha e achei que haviam colocado death fish no meu prato!

    Minha intenção em fazer esse prato era mais agradar os não-vegetarianos ao meu redor do que a minha constante necessidade de experimentar novos sabores. Depois das compras feitas, me restava superar o trauma. Compreendi que qualquer coisa que venha do mar invariavelmente terá esse sabor inconfundível, e coloquei a mão na massa.

Rendimento para 3 pessoas.

       RECEITA: 

• Cozinhar 2 xícaras de arroz próprio de sushi em 4 xícaras de água, com 1 colher de sobremesa de sal, 1 colher de chá de açúcar e 1 colher de chá de vinagre (suave, de maçã por exemplo) por 20 minutos ou até a água secar. Antes de estar pronto, experimente o sal se está a seu gosto. O arroz vai ficar bem empassocadinho. Deixar esfriar.
• Refogar os legumes. Eu usei meia cebola cortada em meia lua (tipo a rodela ao meio), 2 cenouras, 1 berinjela sem semente e 1 pimentão, todos cortados em tirinhas. Quando a cenoura estiver macia, está pronto.

    Para a montagem existem aquelas maderinhas que ajudam a enrolar o sushi. Eu usei papel laminado. Colocar 1 folha de alga nori sobre o papel, espalhar o arroz até a metade e depois os legumes. Com a ajuda do papel, enrole a alga, e quando fechar o rolinho pressionar um pouco pra ficar firme. Depois é só terminar de enrolar e cortar do tamanho que preferir. Aconselho molhar a faca para facilitar o corte. 

    Para essa quantidade de recheio, utilizei 4 folhas da alga.

    Essa alga também pode ser usada em massas e sopas.

    É realmente simples de ser feito, e pra quem aprecia aquele clima praieiro, a maresia e afins, espero que agrade. Nada como fazer você mesmo para perder o temor com o qual convivemos pelas coisas que colocam camufladas em nossos pratos por aí.

    Por último, mas não menos importante, agradeço a visita de um dos meus mais antigos amigos, Diego, sempre agradável.

(um dia a gente aprende)

   

Tarte au Citron

   

     Inigualável ácido-doce. Imagens falam mais que palavras, realmente. Não sou muito boa em doces, tanto em fazê-los como também não são de minha preferência apreciá-los e se não me engano, esta TORTA DE LIMÃO é o primeiro doce que consta no blog. Porém, se esta receita está aqui é porque realmente mereceu ser lembrada. Surpreendeu-me, e se não fosse pelos pedaços prometidos aos amigos, não teria sobrado uma migalha sequer. É o tipo de torta que não se pára de comer até não ver o final, juro, é uma delícia. 

     RECEITA:

    Massa:

    * 1/2 pacote de biscoito de maisena triturado no liquidificador (marca Triunfo é vegana)

    * creme vegetal sem sal até dar o ponto de massa não quebradiça.

    Forrar com esta massa uma forma de lateral removível de aproximadamente 20cm de diâmetro. Eu não usei pois minha forma de lateral removível era muito grande. Pôr no forno em fogo baixo até dourar (+ ou - 10 minutos).

    Recheio:

    * 1 lata de leite condensado de soja (usei Soymilk)

    * 1 lata de creme de leite de soja (usei Batavo)

    * 2 colheres de açúcar cristal ou 3 de açúcar mascavo (vai ficar um pouco mais escurinho)

    * suco de 2 limões

    * 1 colher cheia de amido de milho dissoulvido em 50 ml de água.

    Levar todos os ingredientes ao fogo até engrossar. Não é necessário que fique muito duro, depois de frio o creme endurece mais.

   

    Espere o creme esfriar um pouco e despeje sobre a massa. Polvilhe raspas de limão por cima e leve a geladeira por +ou- 1 hora. Sirva com café. Impossível comer um pedaço só. Bon apetit!

La roba di mamma

    Mães na cozinha são realmente admiráveis, apenas superadas pelas avós, principalmente por terem mais tempo livre e muitas aqui na minha região ainda utilizam o fogão a lenha, acordam cedinho e lá pelas 10 horas da manhã começam a colocar as panelas no fogo. A coisa que mais admiro na minha mãe é a noção de quantidades relativas de cada ingrediente, dependendo do tamanho da forma, da quantia desejada de comida, no número de pessoas, e o mais incrível é que SEMPRE dá certo. Claro, esse "dom" acredito que os chefs também possuem, mas no caso da mama o que conta é a experiência.
    Dia desses tentei fazer aquelas pizzas de massa fofa, que estavam sempre presentes nas minhas festinhas de aniversário, porém esta reles iniciante que vos escreve simplesmente achou que com os ingredientes na mão, poderia recriar o inigualável e simplório sabor de infância. Enganei-me. Infelizmente houveram algumas pobres testemunhas morrendo de fome (incluindo eu mesma), e tivemos que empurrar guela abaixo o prato quente e cru. 

    Anteontem minha mãe apareceu no meu trabalho, e como iria ter tempo pós expediente, resolvi fazer mais uma tentativa. Primeiro ela me perguntou que forma eu iria usar, e pensando um pouco, me passou os ingredientes:

- 1 1/2 xíc. água morna

- 1 colher de açúcar

- 1/2 colher de sal

- 2 colheres de óleo

- 1 colher de margarina

- 1 colher bem cheia de fermento granulado

- farinha até dar o ponto

    Claro que para quem tem 30 anos de cozinha é mais fácil achar a medida das coisas e o ponto certo. Mas o segredo dessa receita está no crescimento da massa e no tempo de forno. Por isso digo-vos que é uma receita para fazer com calma e com tempo.

    Então, vamos lá: Misture todos os ingredientes menos o fermento e a farinha com uma colher. Depois vá acrescentando farinha aos poucos, acredito que mais ou menos meio quilo é suficiente. O ponto da massa é quase um pão de ló, é antes de virar pão, ela fica "puxenta", da próxima vez eu tiro uma foto, mas não é difícil. Quando a massa já estiver no ponto, mistura-se bem o fermento e deixa-se a massa descançando no mínimo uns 20 minutos. Segundo a minha mãe, a massa tem que dobrar de tamanho. Depois disso é só colocar no forno com a cobertura de sua preferência. Eu coloquei só molho vermelho e milho, sem esquecer do orégano, além de umas folhinhas de rúcula que tostaram, mas tudo bem. O tempo de forno é de 45 minutos. Perto do molho a massa ainda ficará molhadinha, mas se preferir podes colocar o molho depois da massa pronta.





   

    Eu disse pra minha mãe: "mãããieee, não fico igual da tua". E claro, não ficou 100% mas prefiro acreditar que é por causa do meu fermento que está meio velho, pois não uso muito. Minha mãe respondeu "ta ótima, mas eu tenho 30 anos de cozinha, é mais fácil". Espero sinceramente chegar lá, e poder retribuir tudo o que ela me ensinou, e se puder, em dobro. Grazie Mamma, per tutto!

Tempo.

    O que você faz com seu tempo? O que o tictac significa em sua vida? Eu ainda não encontrei respostas para estas perguntas, e sinceramente adoraria não ser guiada por mais uma invenção da obseção humana de controlar as coisas.

    Se você ainda não encontrou nexo entre o descrito acima e o blog, é porque não reparou na distância entre as datas de postagem. Como o tempo passou! E eu não postei mais nada! Isso deve ser muito comum, porém não é muito agradável criar algo e deixá-lo pela metade, apesar de eu geralmente começar muita coisa na empolgação e esquecer numa caixa na estante.

    Apesar de o tempo ter passado e eu ter esquecido de postar, pelo menos não esqueci de cozinhar. Vou colocar, então, alguns registros de encontros, individualismos, criatividades, gargalhadas e fome, muita fome.

Almoço básico

Pimentão recheado e Massa com alecrim

Pimentão recheado com purê de batata, cenoura e proteína de soja

xis tudo!

Lucas de pijama (tchetchetche)

  

Lasanha de Abobrinha

Pasta de Verano



molho encorpado, chá gelado e jogo do Colorado!




domingo: almoço típico, pero sin muerte!







Maionese Vegana (receita nos posts antigos) com Ervas Finas




Risoto integral com champignon e Purê de batata com cenoura





Assassinando a Torta Fria



Torta Fria Vegana (maionese e legumes)

Me forçam a cozinhar até acidentada!

Rangão pra tropa!





Bolonhesa de soja e suco de laranja Vitamina C Power!

Pra fechar com chave de ouro e retomar a reflexão sobre o tempo: Time - Pink Floyd